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sexta-feira, 25 de setembro de 2020

viva a caridade.

 

Viva a Caridade!

Peguei a cesta com os alimentos, mais os produtos de limpeza e de higiene pessoal e fui até a casa da família. Vi que estava no endereço certo. Bati palmas. Era uma casa ‘fundos’. Podia avistar um corredor de chão batido e, lá no fundo, parte da casa de três cômodos. Apareceu uma senhorinha da melhor idade e eu disse bem alto “sou o padre Rogerio, da paróquia Espírito Santo, vim trazer um presente para a senhora”. Ela olhou do lado e disse baixo, mas escutei “ô bem é o padre Rogerio”. Seu João veio, abriu o portão e entrei com o presente, pesado. Coloquei em cima da mesa, na cozinha. Ela disse “não é possível que o senhor esteja na nossa casa”. E começou a chorar. Seu João a abraçou e disse “viu como Deus é bom”? Também chorei. Brinquei um pouco eles. Quebrei o gelo. Olhei o armário e a geladeira. Não tinha nada. Ele disse “não precisava trazer tanta coisa para nós, obrigado padre”. Rezamos. Abençoei os dois e a casa. Senti forte a presença de Deus. Me despedi e saí. Entrei no carro e chorei mais à vontade. Vi que a caridade que estamos fazendo é tudo que o Papai do Céu nos pede nesse momento. Pensei também “quem será que doou o feijão, o arroz, o macarrão, o pó de café... daquela cesta? ” Sei que Deus sabe quem foi...

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