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segunda-feira, 5 de outubro de 2020

 Prestação de Contas | Paróquia Espírito Santo | 30/03 a 05/10/2020

Campanha #PESSemFome

  •  5.077 cestas básicas entregues
  • 101,5 toneladas

Fraldas Geriátricas

  • 686 pacotes (em média 7 unidades cada, 3 ou 4 pacotes por pessoa), para 195 famílias

Farmácia Comunitária

  • Atendimento de 20 pessoas por dia, em média 80 receitas, reiniciado em maio de 2020
  • 1.725 atendimentos com 5.904 receitas médicas, sendo que cada receita é dispensada uma média de quatro medicamentos diferentes

Atendimento psicológico virtual

  • 235 pessoas atendidas

Equipamentos emprestados

  • Cadeira de rodas, cadeira de banho, muletas, bengalas, andador, cama hospitalar, colchão casca de ovo, bota ortopédica imobilizadora, suporte para soro
  • 562 empréstimos

Doações

  • Roupas: 3.125 quilos
  • Cobertores: 265 unidades
  • Enxovais de bebê: 118 kits

VIVA A CARIDADE

Era um sábado. Estávamos todos em casa. Eu, minha mãe e meus cinco irmãos. Uma edícula bem simples, três cômodos, chão de vermelhão. Não era rebocada, nem por dentro nem por fora. O telhado era Eternit, lembra? O banheirinho era no minúsculo quintal de terra batida. Aluguel caro para nós.

Era perto do meio dia. Estávamos com fome. Minha mãe sabia que, no armarinho da cozinha, tinha só um pouquinho de arroz. Decidiu sair para tentar arrumar alguma coisa diferente pra gente comer. Há vários dias comíamos só arroz. Me levou com ela. Eu tinha seis anos. Chegamos à feira, hora da xepa. A mãe começou a pedir aos feirantes alimentos que, por algum problema com eles, as pessoas se recusaram a comprar.

Lembro que numa barraca de um japonês ela pediu uns alimentos que estavam numa caixa à parte, no chão, com alguns ‘problemas’. Ela disse: “o senhor pode nos doar? Crio coelhos em casa para ajudar na despesa”. Eu disse: “mas mãe, não tem coelhos lá em casa”. Me mandou ficar quieto. O japonês olhou para mim. Fiz uma cara bem triste. Ele ficou com dó e nos ajudou. Nos deu batata-doce, abobrinha e alface.

Já em casa, minha mãe deu uma ‘limpada’ nas coisas e, com o restinho de arroz que tinha, fez um delicioso almoço. Comemos bem. Todos felizes. Notei que minha mãe sorria olhando para nós. Família sorrindo e comida na mesa é tudo de bom! Hoje as mães continuam pedindo alimentos para seus filhos. Não se importam com elas. Querem apenas ver seus filhos bem.

Quando chega para nós os seus pedidos, atendemos com alegria. Alerto a todos para não deixarmos que o vírus da indiferença nos pegue. Há mais alegria em dar do que receber! É tempo de solidariedade, de partilha, de desapego. Tempo de sermos irmãos de fato. Uma família, a família do Papai do Céu. Simples assim!

Continuo agradecendo e pedindo mais ajuda. Já são 101 toneladas de alimentos doados e distribuídos. Perseveremos nesse milagre!

Meus olhos mandam um beijo pra todos.

Padre Rogerio Felix

Pároco da Paróquia Espírito Santo

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